Após os vetos presidenciais ao PL da Devastação, querem ressuscitar o retrocesso ao Licenciamento Ambiental por meio de outras medidas. Pressione agora contra esse absurdo!




A pressão popular histórica contra o PL da Devastação resultou na derrubada de 63 trechos perigosos do PL 2159/21, que passou a ser a Lei 15.190/25. Mas após os vetos do presidente Lula, as forças anti-ambientalistas continuam em ação com uma espécie de “bebê reborn” do retrocesso.

A intenção é clara: fazer o PL da Devastação renascer, apesar da imensa mobilização contrária e dos avisos de cientistas quanto à gravidade do desmonte do Licenciamento Ambiental.

A atual estratégia envolve atirar para todos os lados, na esperança de confundir a população e conseguir ganhos em diversas frentes:

- Uma MP (Medida Provisória) sendo discutida no Congresso por uma comissão mista, com mais de 800 emendas que recriam os trechos vetados;

- Um PL (Projeto de Lei) circulando na Câmara, que também corre risco de receber emendas perigosas;

- E a possível discussão e derrubada dos vetos do PL 2159/21.

Nossa posição é clara: não importa por qual caminho, não irão recriar o PL da Devastação! Temos de manter esses vetos e derrubar a MP!

Precisamos, mais uma vez, somar esforços para pressionar os parlamentares. Toda ajuda conta. Preencha o formulário e envie agora o seu recado aos deputados e senadores: PL da Devastação, não!

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pessoas já agiram contra o PL da Devastação





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Parlamentar, mantenha os vetos ao #PLdaDevastação #VetosFicam #CongressoInimigoDoPovo











































MP 1308/25: projetos estratégicos para quem?
Após os vetos, o Governo enviou a Medida Provisória (MP) 1308/25, que cria a Licença Ambiental Especial (LAE) - uma proposta preocupante, em que projetos que forem classificados como “estratégicos” (de grande impacto!) teriam um processo de licenciamento simplificado e acelerado, subordinado aos interesses de políticos e grandes empresários, ao invés do procedimento técnico adequado. Um prato cheio para a corrupção!





Mais um dia em que deputados ignoram a sociedade
Apesar dos vetos e da forte oposição da sociedade ao PL da Devastação, os deputados enviaram mais de 800 emendas à MP.
Segundo nota técnica do OC, 80% das emendas são retrocessos, que buscam retomar os trechos vetados, mais de 3% são jabutis (emendas que nada tem a ver com o texto original), enquanto apenas 11% fortalecem o sistema de Licenciamento Ambiental.




A MP e suas emendas já estão em negociação para virar lei. O Congresso precisa rejeitar essa medida!
As emendas da MP já estão em análise de uma Comissão Mista (composta por deputados e senadores). Após o seu parecer (relatório), a votação segue no Senado e na Câmara dos Deputados.
Atenção aqui: A MP já está em ação, mas precisa ser convertida em lei (com as emendas ou não) dentro de 120 dias (até o dia 05/12), senão ela caduca, ou seja, perde a validade, e volta a valer a regra anterior.





PL 3834/25: no radar de retrocessos
O Governo também enviou o PL 3834/25, com redações alternativas para os trechos vetados. A bancada ruralista vai fazer de tudo para retomar os retrocessos do PL da Devastação nessa proposta também. O Congresso deve rejeitá-la!







FONTES DE ÁGUA COMPROMETIDAS

O PL 2159 retira a exigência do empresário de ter a “outorga de recursos hídricos”, essencial para garantir a quantidade e a qualidade do abastecimento de água.


AUTOLICENCIAMENTO
PARA TODO MUNDO

O projeto prevê que alguns empreendimentos possam se “autolicenciar”. O empresário preencheria um formulário na internet, jurando ter boa conduta, de forma automática e sem qualquer análise prévia (LAC). A LAC tende a se tornar a regra, e o licenciamento, exceção.


FREE BOI: AGRO SEM LICENÇA

Quem quiser literalmente passar a boiada Brasil afora poderá fazê-lo sem precisar de licença ambiental: o PL dispensa de licenciamento atividades de agricultura e pecuária.



ISENÇÃO AMPLA, GERAL
E IRRESTRITA

O projeto traz uma lista de 13 tipos de empreendimentos de risco que passarão a não exigir licenciamento, como o "melhoramento" de estruturas já existentes. A ampliação de uma grande hidrelétrica poderia entrar nesse rol.


LUCRO PRIVADO,
PREJUÍZO PÚBLICO

Os condicionantes previstos no licenciamento são as obrigações de prevenção, redução e reparação de impactos socioambientais. O PL quer isentar empreendimentos privados de cumpri-los e jogar a conta para a população e os cofres públicos.







Carta branca para estados e municípios

A proposta delega aos estados e municípios a definição, sem qualquer regra nacional, sobre quais empreendimentos estão ou não sujeitos ao licenciamento. Isso pode gerar uma confusão de dezenas de regras diferentes e uma verdadeira guerra entre estados para ver quem flexibiliza mais as exigências para atrair investimentos.



Bancos fora do gancho

O PL impede que os bancos sejam punidos por crimes e danos ambientais cometidos por empreendimentos que eles financiam. Isso ameaça a norma que proibiu crédito bancário para desmatadores.



Renovação autodeclaratória e automática da licença

O PL 2159 permite ao empreendedor renovar automaticamente sua licença vencida apenas preenchendo uma declaração na internet, sem nenhuma análise dos órgãos ambientais. Se as condicionantes não forem cumpridas, o empreendedor não precisa dar satisfação a ninguém.







Poluição descontrolada: saúde em risco

O PL 2159 promove o descontrole da poluição. Seria como retroceder aos anos 1970, quando não havia licenciamento e bebês nasceram sem cérebro, em Cubatão (SP), por causa da contaminação das indústrias.



Contaminação e falta de água

A contaminação da água é responsável pela proliferação de doenças graves e até do câncer. Crises hídricas afetam nossas cidades. Sem um licenciamento equilibrado, não conseguiremos reverter essa situação. Na verdade, ela vai piorar.



Mais desastres como os de Mariana e Brumadinho

A aprovação do projeto vai aumentar o risco de ocorrerem mais crimes como os de Mariana e Brumadinho (MG), que mataram centenas de pessoas e destruíram comunidades e rios inteiros. Licenças de empreendimentos minerários poderiam ser feitas de forma automática sem estudos técnicos e a análise prévia do órgão ambiental (leia nota técnica sobre o assunto).


Explosão do desmatamento

A devastação ambiental saiu de controle por muito tempo. Se o texto que veio da Câmara do PL 2159 for aprovado, ela vai explodir de vez! A proposta impede que o órgão ambiental obrigue o empreendedor a adotar medidas de prevenção ao desmatamento gerado ou induzido pelo empreendimento (leia nota técnica sobre o assunto).




Brasil isolado e sem credibilidade

A destruição da floresta é a principal fonte de emissão dos gases de efeito estufa do Brasil. Assim, sem um licenciamento equilibrado e o desmatamento controlado, nosso país não vai cumprir as metas acordadas nos tratados internacionais sobre mudanças climáticas, nem terá condições de liderar o mundo contra a crise do clima na COP30, neste ano.



Emergência climática: mais secas, enchentes, deslizamentos e mortes

O PL 2159 restringe medidas de controle e prevenção da poluição atmosférica e do desmatamento. Assim, teremos mais extremos climáticos, como secas, desregulação das chuvas, e ciclones, responsáveis por falta de água, enchentes, deslizamentos, mortes, danos físicos e financeiros.


Ameaça aos povos indígenas e comunidades tradicionais

O PL 2159 considera apenas territórios indígenas, quilombolas e tradicionais com regularização já concluída para fins de análise dos impactos socioambientais no licenciamento de obras e atividades econômicas próximas. Não seria adotada nenhuma medida para proteger populações em áreas não completamente reconhecidas. O resultado será menos acesso a políticas públicas, mais violência e pressões contra elas.


Parques e reservas em risco: mais desmatamento

O projeto também desconsidera, para efeito do licenciamento, as unidades de conservação, como parques e estações ecológicas, barreiras fundamentais contra o desmatamento e as mudanças climáticas.